(Por Ivan Silva)
O gato e a grade,
uma última imagem:
visão...
divisão...
união...
quem disse que grade segura gato?
um último suspiro nesse mundo
é o transe
transmissão
entre fantasia e realidade.
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sábado, 28 de dezembro de 2013
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Minuto
(por Ivan Silva)
Um minuto vai passando
e muita coisa acontece
Coisas que eu nem imagino
mas ouço, procuro e sinto
São gritos de revolta
denuncia e indignação
Manifestantes perseguidos
por grandes empresas
calculadoras de morte
Adiante as coisas pioram
e eu não sei o que fazer...
Mas não quero ficar calado
muito menos de braços cruzados
enquanto outro minuto se vai.
Um minuto vai passando
e muita coisa acontece
Coisas que eu nem imagino
mas ouço, procuro e sinto
São gritos de revolta
denuncia e indignação
Manifestantes perseguidos
por grandes empresas
calculadoras de morte
Adiante as coisas pioram
e eu não sei o que fazer...
Mas não quero ficar calado
muito menos de braços cruzados
enquanto outro minuto se vai.
domingo, 8 de dezembro de 2013
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
CONTOS DE UMA INFÂNCIA FEBRIL
(Por Ivan Silva)
Era uma vez uma princesa
que perdeu tudo
e caiu em depressão
pois achava que o que tinha
era sua salvação.
Pobre princesa. Tudo, para ela,
eram aquelas jóias, vestidos,
castelo e sapatos de cristal,
etc.
Agora nada tinha, mas era real
isso e (para seu eterno tormento)
o famoso nome, de princesa.
Que lamentava
Lamentava, lamentava, lamentava,
sem perceber
que alguém do lado lhe dizia:
Princesa, deixa disso,
deixa disso e sorri.
Olha aqui pro arlequim. É sério,
quem roubou teu mundo
até que gostou das minhas
piruetas e sátiras,
mas na primeira oportunidade fugi, fugi.
E por esse mero capricho estou
condenado à morte.
Minha princesa, um arlequim
condenado à morte,
não é engraçado? Me diz,
(o olhar da princesa foi se
levantando)
eu não mereço essa morte por
condenação.
Não mereço.
Tudo que fiz foi fugir. Fugi,
por não querer trabalhar para tal
ser.
Mas tudo bem, tudo bem, sem o teu sorriso, eu
me entrego.
E terminando de levantar o olhar
a princesa não sorriu, muito pelo
contrário,
se mostrou mais séria que uma
pedra,
se lembrando de uma das últimas:
É preciosa!
Quando ainda era feliz e pagava
com seu elegante sorriso, o
arlequim.
Que chato se tornara.
Suas etiquetas e mais ainda o arlequim,
imbecil babão.
Não via que o sorriso dela ficou com
tudo?
O que queria afinal?
Sua salvação?
Fraco.
Pois que se entregasse à morte!
Abaixou o olhar e foi se
afastando,
sem nada dizer ao esperançado,
que suspirou com muita dor.
Desaparecendo
dali.segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Corpos luz
por Ivan Silva
Manhã do desespero
minha cabeça dente de leão se desfaz no vento...
mais uma vez pelos ares.
A noite me chama e eu vou
penetrando a multidão perdida
nas mesas, nas cadeiras, nos banheiros, na Guernica
onde teceram tranquilamente cascatas
as aranhas azuis de Piva em Cantareira
Venho sonhando com meus irmãos; suas vozes,
seus passos,
a me acompanhar por essas calçadas cor laranja mecânica
Não estou só e estou
só a memória sabe por onde ir:
e que nus caminhos invisíveis nos espera,
que curvas... que estrada... insaciáveis chamas...
a vida sem nenhum pudor,
olhar indomável, útero caverna das origens
- êxtase no flagra,
corpos luz atravessando trevas
Manhã do desespero
minha cabeça dente de leão se desfaz no vento...
mais uma vez pelos ares.
A noite me chama e eu vou
penetrando a multidão perdida
nas mesas, nas cadeiras, nos banheiros, na Guernica
onde teceram tranquilamente cascatas
as aranhas azuis de Piva em Cantareira
Venho sonhando com meus irmãos; suas vozes,
seus passos,
a me acompanhar por essas calçadas cor laranja mecânica
Não estou só e estou
só a memória sabe por onde ir:
e que nus caminhos invisíveis nos espera,
que curvas... que estrada... insaciáveis chamas...
a vida sem nenhum pudor,
olhar indomável, útero caverna das origens
- êxtase no flagra,
corpos luz atravessando trevas
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
ENTREVISTANDO CÁSSIO ROGRIGUES
Vocalista, participa de duas bandas de metal. Solta a voz por aí nos shows da vida, acompanhado por dois sons pesados mas que se diferem. Adiante a entrevista:
1- Diz aí, como foi que iniciou com banda?
Kra foi em meados de 2003quando eu conheci um amigo que tinha uma banda de thrash metal , Vocais guturais e rasgados e letras fortes então eu mi indentifiquei muito pois des de guri eu assistia aos shows do maidem e do Metallica e mi perguntava :
Será que eu consigo chegar la?
Então eu comprei um contra baixo velho e juntei amigos ,Já no primeiro ensaio descobrimos que eu era uma merda tocando so mi restou tentar ser o vocalista então eu achei meu lugar…A minha praia….
E após varias experiencias com bandas adiqueiri experiencia….
2- Faz tempo que não acompanho de perto... mas tenho visto alguns eventos na capital, apenas de covers. Você acredita que tenha muito espaço para bandas que criam o próprio som no meio underground ou tem tido nisso um padrão ou o quê?
Olha eu digo com experiencia propria que som altoral e muito dificil fazer sucesso
Pois a galera de hje não e tao unida como antes… Mais com boas composições
E muita competencia e persistencia faz a banda ficar famosa…
3- Idéias, conflitos entre os integrantes da banda... o que impulsiona as criações?
Tipo o fato de ser pessoas que estão unida s por um so ideal sempre tem comflito de
Ideias e principalmente vertentes ou direcionamento…
Pois si eu tenho uma ideologia vc claro tem outra
Então e muito comum esse conflito desde que ele seja saudavel para a meta da banda
Para seu crecimento pois e uma empresa com varios empresarios e suas feramentas…
Então eu digo que Banda e algo muito serio saka…
4- Ainda se empenhando no Spirits e no Sanctuary of Silence ou não? Um limita o outro, como é que é?
Kra a spirits of the Shadows acabou por motivos banais falta de determinação apesar disto digo que foi uma banda que foi extremamente importante para o meu crescimento como musico principalmente vocalista…
Então eu o ex-guitarrisata pedro jordan Criamos o nosso projeto ‘’Half Bridge’’
Em busca de uma sonolidade mais moderna e agressiva de modo direcionado
ao undergroud ou a galera que curte um som pancada e moderno uma experiencia única…
Já a Sanctuary of Silence foi a minha primeira banda ,mais que por fatos particulares teve que acabar durante um periodo .Periodo esse que entrei para Spirits…
Então no começo de 2013 eu e os dois guitarrista decidimos voltar com a banda em outro formato fazendo um Heavy metal mais pancada algo mais original….
Eu levo esses dois projetos de forma natural ensaio com ambas as bandas no sabado
E de forma tranquila faço meu trabalho…
5- Meios de divulgação... onde acompanhar o trampo de vcs?
Kra Banda Half Bridge:
Page banda face: www.Facebook.com/HalfBridge
Canal no youtube: www.Youtube.com/BandHalfBridge
Em breve divulgaremos nosso primeiro Ep.
Sanctuary of Silence:
www.Facebook.com/sanctuaryofsilence
www.youtube.com/SanctuaryofSilence
Estamos gravando o primeiro Ep.
6- Dica de livros, bandas, filmes, pintores... qual achar importante citar e porque se achar importante também.
Poemas: Carlos drummond andrade
Livros: O diario de um mago & O demonio e a srta prym….( Paulo coelho)
Sou fan de Zine kra acho uma arte muito livre e bem proxima da realidade
Em especial os trampos do sr. Ivan pois acho sua forma de abranger alguns temas
Muito simples e direta ,inteligente e as vezes muito engraçada…
7- Rock in Rio.
Kra a melhor experiancia da minha vida!!!
Paguei pouco e vi muitos idolos,Mestres!!
Realizei meu maior sonho...
Mais eu sou extremamente contra alguns artistas que são fora do estilo
Participar desse evento…
8- Público.
O metal tem que ser respeitado e imortalizado falta insentivo
Falta vergonha na cara e capacidade de algumas bandas…
9- Se tivesse que começar tudo de novo.
Eu faria tudo novamente!! Pelas experiencias
Que vivi e pelas coisas que aprendi…
Eu so estudaria mais…kkkkkk
10- Um recado pra finalizar.
Primeiramente gostaria de agradecer a oporrtunidade
E principalmente a horra…
Quero encerrar dizendoque eu morrerei lutando pela cena de metal de goias…
Sou goiano e foda-se!!!!
1- Diz aí, como foi que iniciou com banda?
Kra foi em meados de 2003quando eu conheci um amigo que tinha uma banda de thrash metal , Vocais guturais e rasgados e letras fortes então eu mi indentifiquei muito pois des de guri eu assistia aos shows do maidem e do Metallica e mi perguntava :
Será que eu consigo chegar la?
Então eu comprei um contra baixo velho e juntei amigos ,Já no primeiro ensaio descobrimos que eu era uma merda tocando so mi restou tentar ser o vocalista então eu achei meu lugar…A minha praia….
E após varias experiencias com bandas adiqueiri experiencia….
2- Faz tempo que não acompanho de perto... mas tenho visto alguns eventos na capital, apenas de covers. Você acredita que tenha muito espaço para bandas que criam o próprio som no meio underground ou tem tido nisso um padrão ou o quê?
Olha eu digo com experiencia propria que som altoral e muito dificil fazer sucesso
Pois a galera de hje não e tao unida como antes… Mais com boas composições
E muita competencia e persistencia faz a banda ficar famosa…
3- Idéias, conflitos entre os integrantes da banda... o que impulsiona as criações?
Tipo o fato de ser pessoas que estão unida s por um so ideal sempre tem comflito de
Ideias e principalmente vertentes ou direcionamento…
Pois si eu tenho uma ideologia vc claro tem outra
Então e muito comum esse conflito desde que ele seja saudavel para a meta da banda
Para seu crecimento pois e uma empresa com varios empresarios e suas feramentas…
Então eu digo que Banda e algo muito serio saka…
4- Ainda se empenhando no Spirits e no Sanctuary of Silence ou não? Um limita o outro, como é que é?
Kra a spirits of the Shadows acabou por motivos banais falta de determinação apesar disto digo que foi uma banda que foi extremamente importante para o meu crescimento como musico principalmente vocalista…
Então eu o ex-guitarrisata pedro jordan Criamos o nosso projeto ‘’Half Bridge’’
Em busca de uma sonolidade mais moderna e agressiva de modo direcionado
ao undergroud ou a galera que curte um som pancada e moderno uma experiencia única…
Já a Sanctuary of Silence foi a minha primeira banda ,mais que por fatos particulares teve que acabar durante um periodo .Periodo esse que entrei para Spirits…
Então no começo de 2013 eu e os dois guitarrista decidimos voltar com a banda em outro formato fazendo um Heavy metal mais pancada algo mais original….
Eu levo esses dois projetos de forma natural ensaio com ambas as bandas no sabado
E de forma tranquila faço meu trabalho…
5- Meios de divulgação... onde acompanhar o trampo de vcs?
Kra Banda Half Bridge:
Page banda face: www.Facebook.com/HalfBridge
Canal no youtube: www.Youtube.com/BandHalfBridge
Em breve divulgaremos nosso primeiro Ep.
Sanctuary of Silence:
www.Facebook.com/sanctuaryofsilence
www.youtube.com/SanctuaryofSilence
Estamos gravando o primeiro Ep.
6- Dica de livros, bandas, filmes, pintores... qual achar importante citar e porque se achar importante também.
Poemas: Carlos drummond andrade
Livros: O diario de um mago & O demonio e a srta prym….( Paulo coelho)
Sou fan de Zine kra acho uma arte muito livre e bem proxima da realidade
Em especial os trampos do sr. Ivan pois acho sua forma de abranger alguns temas
Muito simples e direta ,inteligente e as vezes muito engraçada…
7- Rock in Rio.
Kra a melhor experiancia da minha vida!!!
Paguei pouco e vi muitos idolos,Mestres!!
Realizei meu maior sonho...
Mais eu sou extremamente contra alguns artistas que são fora do estilo
Participar desse evento…
8- Público.
O metal tem que ser respeitado e imortalizado falta insentivo
Falta vergonha na cara e capacidade de algumas bandas…
9- Se tivesse que começar tudo de novo.
Eu faria tudo novamente!! Pelas experiencias
Que vivi e pelas coisas que aprendi…
Eu so estudaria mais…kkkkkk
10- Um recado pra finalizar.
Primeiramente gostaria de agradecer a oporrtunidade
E principalmente a horra…
Quero encerrar dizendoque eu morrerei lutando pela cena de metal de goias…
Sou goiano e foda-se!!!!
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Sem Destino - Easy Rider 1969 (legendado em português)
Easy Rider ou Sem Destino (não sei se essa é a tradução correta) é sem dúvida um dos melhores filmes que já assisti. E digo isso pelo conteúdo mesmo que retrata bem algumas transformações na sociedade, abordando um leque de diversos assuntos. As buscas de cada um de nós na vida, o que nos une, o que nos separa, exclusão, integração, as diferenças de valores, e não pára.
A legenda tá aí no rodapé do vídeo, só ativar pra ver.
A legenda tá aí no rodapé do vídeo, só ativar pra ver.
sábado, 12 de outubro de 2013
EXPOSIÇÃO EM BELA VISTA
Vai rolar hoje (12 de outubro de 2013) um evento numa chácara em Bela Vista, onde estarei expondo meus trabalhos de pintura e uns artesanatos também que faço. Não avisei antes porque fiquei sabendo de última hora. Mas os convido, e a quem também já for ao evento, estarei lá. Qualquer dúvida conferir no site http://fpcircus.com/
(desenho: Dente de Leão - por Ivan Silva)
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
VENTANIA DE SETEMBRO - PINTURAS
Esses dias recebi uma visita muito esperada, da Beti Timm (Nua Estrela), pintora inquieta e intensa que vem gritando sua vivência através da arte. De um olhar de relance ao prazer, incontido, um mergulho na diversidade de detalhes. Quem está acomodado com tudo e acha que subversão é o fim do mundo se prepare. Sem mais deixo abaixo algumas pinturas (incluindo um retrato meu em nanquim) que ganhei dela de presente, mais uma entrevista feita com ela, e também seu blogue com vários de seus trabalhos.
entrevista: http://molholivre.blogspot.com.br/2013/06/a-arte-expressiva-de-beti-timm.html
mais desenhos e pinturas: http://aarteporprazer.blogspot.com.br/
entrevista: http://molholivre.blogspot.com.br/2013/06/a-arte-expressiva-de-beti-timm.html
mais desenhos e pinturas: http://aarteporprazer.blogspot.com.br/
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
terça-feira, 20 de agosto de 2013
quinta-feira, 25 de julho de 2013
A NUIT
(Por Ivan Silva)
"Eles passarão.
Eu passarinho!"
e ela está ali no Lago das Rosas e não está,
foi nos pensamentos da menina careca e já voltou
e lá foi outra vez,
com sua imaginação:
- onde bancos são bancos mesmo sem nome de fachada ou razão social,
inflamados de poesia.
//
julho de 2013
"Eles passarão.
Eu passarinho!"
e ela está ali no Lago das Rosas e não está,
foi nos pensamentos da menina careca e já voltou
e lá foi outra vez,
com sua imaginação:
- onde bancos são bancos mesmo sem nome de fachada ou razão social,
inflamados de poesia.
//
julho de 2013
sábado, 13 de julho de 2013
15 de JULHO, UM OUTRO DIA
Imensa esfera,
Vermes da terra,
Aurora dos tempos, que
Não morrem pra mim..
Sol no meu rosto.
Imensidão!
Luz de uma vida,
Vida de sonhos,
Ardendo no fogo
secando as feridas..
by Joanna Franko
--
A quem agradeço por essa beleza de poema. Presente dedicado a mim.
sexta-feira, 28 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
MESES DE EXPERIÊNCIA
(Por Ivan Silva)
A procura de um outro fazer, enojado com os quatro meses de recuperação - e foram quase sete anos mexendo com venda de produtos... Decidi tentar trabalhar numa atacadista. Claro que antes tinha que ouvir propostas, passar por acompanhamento psicológico... O que pra mim não fazia diferença nenhuma, pois estava decidido a encarar o serviço fosse qual fosse as condições. Estava apenas deixando a vontade de não querer mais ficar na mesma situação fluir. Situação estado de espírito mesmo, depressão desgraçada. Aceitei sem pensar duas vezes. Entreguei meus documentos já perguntando quando começava, com um alívio de quem esmagou pimenta com os dedos, e antes de lavar as mãos instintivamente vai limpar o nariz. No dia seguinte estava lá. Uns colegas de serviço no bar, outros a fumar cigarro, fazendo piadas, cada um se descontraindo do seu jeito, imaginei, procurando não interferir no que se passava. Foi o portão começar abrir e os passos desataram, agitados. Dentro do galpão o incessante movimento das mercadorias, enquanto eu aguardava instruções do gerente que pagava sapo a dois encarregados em seu escritório. Terminando, me chamou todo cheio de formalismos, pediu que eu me sentasse na cadeira e continou. "Bom, é o seguinte, vou te explicar umas coisas, aqui na empresa não sei se a psicóloga te falou, mês passado por causa de brincadeira um funcionário esfaqueou o outro ali durante o serviço, e você sabe, homem tem disso, dessas bobeiras, é chamar o outro de filho da puta, corno, e por aí vai... Você tem problemas com convivência? Beleza. Isso mesmo, o trabalho aqui é em equipe, somos uma família. Outra coisa, o horário às vezes varia, acaba mais cedo, mais tarde, mas é esse mesmo, das seis da tarde às seis da manhã, puxado, mas tem janta, lanche, e não tem dessa de 'ah, eu não vou jantar, quando chegar em casa eu janto' porque não tem quem agüenta! Todo mês a gente dá vale refeição que já vem descontado no salário, tudo certo?! Então vamos lá fora que vou te explicar o que tem que fazer." E lá estava eu, executando o que um funcionário com mais tempo de firma dizia. No total eram vinte e duas ruas (corredores enormes com prateleiras gigantes), cheias de gente caminhando e separando embalagens de todo tipo de fabricante. E carregue extrato de tomate, leite, doce, bolacha, cachaça, sabão, água sanitária, soda caústica... produtos, produtos, produtos, produtos...
Mais do que perdido no meio disso tudo larguei um tipo de carrinho de mão que chamavam de burrinha e fui ajudar um dos carregadores de caminhão. "Ó o cara, mal começou já vai fazer carregamento", ouvia isso enquanto me matava mais um pouco. "Esse é bom de serviço". Apesar da maldita dor nos rins, a sensação era de estar contribuindo com a realização de algo importante. Minutos antes do jantar e metade da turma corria pra bater o ponto, loucos de fome, deixando a outra metade que continuava o serviço esperando seu horário: cada metade tinha o seu. Esquecer de fazer isso todo dia não era raro. Refeição farta. Uns apressavam os outros na fila, sempre com piadas sobre a putaria do fim de semana, sobre quem alguém pegou, brigas, casamento, chifres, bebedeiras... e o pessoal da cozinha ali, dando resposta a marmanjo que pedia por uns pedaços a mais de carne. Já vinha descontado no salário.
Depois da refeição era ficar no pátio... normalmente eu sentava lá no chão mesmo e ficava quieto, fazendo a digestão, enquanto a rapaziada assistia programas pelo celular, conversava com a esposa ou falava das noitadas. Prazeres, sacanagens, putas, vídeos caseiros, uma baforada de fumo queimado diluída na escuridão. E assim ia, até o gerente aparecer na porta e lembrar que as mercadorias estavam esperando. Quanta merda. Noites e noites passaram... mudança de cargo, sonos perdidos, dor de cabeça, funcionários entrando nos tapas por causa de disputas entre si, ônibus fundindo motor justo com um motorista novato que querendo ou não levou a culpa. Na tarde seguinte chega um caminhão desses baú pra transportar os funcionários, com muitos risadas de insatisfação. Nesse dia me perguntei o porque da barreira policial. Me lembrei dos navios negreiros...
O cargo ocupado por mim nesses quase três meses já era o de separador. Separa aqui, separa ali, "tira a burrinha do caminho se não os conferentes vão enrrabar quem trabalha na rua um (setor de bolachas), anda logo que eu tenho que pegar minha carga". Essa lenga-lenga todo dia não era rara. O próprio encarregado não sabia o que estava fazendo desde o começo, e só eu desconfiava da cilada? Minha vontade de fazer alguma coisa, viver, experimentar, conhecer e até perceber alguns sabores antes não percebidos, esquecidos, escondidos na memória pelos delírios da infância, tinha se resumido a subir em prateleiras, no ponto mais alto delas. Quanta merda. Salário, sesta básica, extrato de tomate, doce, bolacha, cachaça, sabão, água sanitária, panetone... E foi novembro, e foi dezembro, estava indo janeiro... e lá estava a família, a equipe, reparando nas roupas, mostrando o que tinha comprado de novo, se indignando com o salário dos funcionários mais antigos. Meu parceiro de rua trabalhava feito um condenado, a mil por hora, de segunda à sábado (dia de serviço cada vez mais frequente). Conversando com ele fiquei sabendo que em seis anos de empresa nunca tinha pego um dia de folga, coisa certa nesses sábados, pelos menos pra um separador. E eu ainda cumprindo os meses de experiência, na semana passada já tinha pego. Revoltante. Acabamos combinando dele pegar folga no sábado que viria, tive que falar.
Encerrando expediente, o encarregado. "E aí, como é? Amanhã o menino aqui vem e você tira o dia de folga, José?" Um longo silêncio entalado... "Não, pode ser, não! É sim ou não".
E o que veio no dia seguinte foi eu ralando, correndo sem parar, separando, puxando burrinha, descendo o que faltava das prateleiras, trocando o que foi separado e não estava nos pedidos, repondo... Nem um grão do serviço feito durante seis anos... Nesse dia, fui o último a sair. Sabendo que ali não continuava mais.
A procura de um outro fazer, enojado com os quatro meses de recuperação - e foram quase sete anos mexendo com venda de produtos... Decidi tentar trabalhar numa atacadista. Claro que antes tinha que ouvir propostas, passar por acompanhamento psicológico... O que pra mim não fazia diferença nenhuma, pois estava decidido a encarar o serviço fosse qual fosse as condições. Estava apenas deixando a vontade de não querer mais ficar na mesma situação fluir. Situação estado de espírito mesmo, depressão desgraçada. Aceitei sem pensar duas vezes. Entreguei meus documentos já perguntando quando começava, com um alívio de quem esmagou pimenta com os dedos, e antes de lavar as mãos instintivamente vai limpar o nariz. No dia seguinte estava lá. Uns colegas de serviço no bar, outros a fumar cigarro, fazendo piadas, cada um se descontraindo do seu jeito, imaginei, procurando não interferir no que se passava. Foi o portão começar abrir e os passos desataram, agitados. Dentro do galpão o incessante movimento das mercadorias, enquanto eu aguardava instruções do gerente que pagava sapo a dois encarregados em seu escritório. Terminando, me chamou todo cheio de formalismos, pediu que eu me sentasse na cadeira e continou. "Bom, é o seguinte, vou te explicar umas coisas, aqui na empresa não sei se a psicóloga te falou, mês passado por causa de brincadeira um funcionário esfaqueou o outro ali durante o serviço, e você sabe, homem tem disso, dessas bobeiras, é chamar o outro de filho da puta, corno, e por aí vai... Você tem problemas com convivência? Beleza. Isso mesmo, o trabalho aqui é em equipe, somos uma família. Outra coisa, o horário às vezes varia, acaba mais cedo, mais tarde, mas é esse mesmo, das seis da tarde às seis da manhã, puxado, mas tem janta, lanche, e não tem dessa de 'ah, eu não vou jantar, quando chegar em casa eu janto' porque não tem quem agüenta! Todo mês a gente dá vale refeição que já vem descontado no salário, tudo certo?! Então vamos lá fora que vou te explicar o que tem que fazer." E lá estava eu, executando o que um funcionário com mais tempo de firma dizia. No total eram vinte e duas ruas (corredores enormes com prateleiras gigantes), cheias de gente caminhando e separando embalagens de todo tipo de fabricante. E carregue extrato de tomate, leite, doce, bolacha, cachaça, sabão, água sanitária, soda caústica... produtos, produtos, produtos, produtos...
Mais do que perdido no meio disso tudo larguei um tipo de carrinho de mão que chamavam de burrinha e fui ajudar um dos carregadores de caminhão. "Ó o cara, mal começou já vai fazer carregamento", ouvia isso enquanto me matava mais um pouco. "Esse é bom de serviço". Apesar da maldita dor nos rins, a sensação era de estar contribuindo com a realização de algo importante. Minutos antes do jantar e metade da turma corria pra bater o ponto, loucos de fome, deixando a outra metade que continuava o serviço esperando seu horário: cada metade tinha o seu. Esquecer de fazer isso todo dia não era raro. Refeição farta. Uns apressavam os outros na fila, sempre com piadas sobre a putaria do fim de semana, sobre quem alguém pegou, brigas, casamento, chifres, bebedeiras... e o pessoal da cozinha ali, dando resposta a marmanjo que pedia por uns pedaços a mais de carne. Já vinha descontado no salário.
Depois da refeição era ficar no pátio... normalmente eu sentava lá no chão mesmo e ficava quieto, fazendo a digestão, enquanto a rapaziada assistia programas pelo celular, conversava com a esposa ou falava das noitadas. Prazeres, sacanagens, putas, vídeos caseiros, uma baforada de fumo queimado diluída na escuridão. E assim ia, até o gerente aparecer na porta e lembrar que as mercadorias estavam esperando. Quanta merda. Noites e noites passaram... mudança de cargo, sonos perdidos, dor de cabeça, funcionários entrando nos tapas por causa de disputas entre si, ônibus fundindo motor justo com um motorista novato que querendo ou não levou a culpa. Na tarde seguinte chega um caminhão desses baú pra transportar os funcionários, com muitos risadas de insatisfação. Nesse dia me perguntei o porque da barreira policial. Me lembrei dos navios negreiros...
O cargo ocupado por mim nesses quase três meses já era o de separador. Separa aqui, separa ali, "tira a burrinha do caminho se não os conferentes vão enrrabar quem trabalha na rua um (setor de bolachas), anda logo que eu tenho que pegar minha carga". Essa lenga-lenga todo dia não era rara. O próprio encarregado não sabia o que estava fazendo desde o começo, e só eu desconfiava da cilada? Minha vontade de fazer alguma coisa, viver, experimentar, conhecer e até perceber alguns sabores antes não percebidos, esquecidos, escondidos na memória pelos delírios da infância, tinha se resumido a subir em prateleiras, no ponto mais alto delas. Quanta merda. Salário, sesta básica, extrato de tomate, doce, bolacha, cachaça, sabão, água sanitária, panetone... E foi novembro, e foi dezembro, estava indo janeiro... e lá estava a família, a equipe, reparando nas roupas, mostrando o que tinha comprado de novo, se indignando com o salário dos funcionários mais antigos. Meu parceiro de rua trabalhava feito um condenado, a mil por hora, de segunda à sábado (dia de serviço cada vez mais frequente). Conversando com ele fiquei sabendo que em seis anos de empresa nunca tinha pego um dia de folga, coisa certa nesses sábados, pelos menos pra um separador. E eu ainda cumprindo os meses de experiência, na semana passada já tinha pego. Revoltante. Acabamos combinando dele pegar folga no sábado que viria, tive que falar.
Encerrando expediente, o encarregado. "E aí, como é? Amanhã o menino aqui vem e você tira o dia de folga, José?" Um longo silêncio entalado... "Não, pode ser, não! É sim ou não".
E o que veio no dia seguinte foi eu ralando, correndo sem parar, separando, puxando burrinha, descendo o que faltava das prateleiras, trocando o que foi separado e não estava nos pedidos, repondo... Nem um grão do serviço feito durante seis anos... Nesse dia, fui o último a sair. Sabendo que ali não continuava mais.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
ZINES
Chegaram pra mim essa semana:
Outro é A Tréplica, edição n°9, editado por Denilson Reis. Com editoral: "Política-Economia-Sociedade-Cultura". Pra contato o e-mail tchedenilson@gmail.com ou o blog www.atreplica.blogspot.com . Segue aí a capa, feita por Diego Muller:
E aqui o Povoando n°5, de Felipe Povo. Feito com seus desenhos, que tem como característica a quase sempre presente textura de madeira na face e nos braços, e o olhar gritante, enquanto outros símbolos vão aparecendo. Uma linguagem solta, totalmente contrária ao mundo acadêmico. E é isso, zines. Segue aí a capa do Povoando:
Pra contatos: povoovop@yahoo.com.br ou www.flickr.com/photos/ovop
O zine Reboco Caído n°17 por Fabio da Silva Barbosa, com
entrevistados: Henry Jaepelt, desenhista da capa ao lado; Azriel, da
Zineteca Resistência, e Cristiano Onofre, quadrinista. Além dos
entrevistados, outras participações falando sobre o que tá rolando
por aí. Pra contatos e edições anteriores: fsb1975@yahoo.com.br ou www.slideshare.net/ARITANA
Outro é A Tréplica, edição n°9, editado por Denilson Reis. Com editoral: "Política-Economia-Sociedade-Cultura". Pra contato o e-mail tchedenilson@gmail.com ou o blog www.atreplica.blogspot.com . Segue aí a capa, feita por Diego Muller:
E aqui o Povoando n°5, de Felipe Povo. Feito com seus desenhos, que tem como característica a quase sempre presente textura de madeira na face e nos braços, e o olhar gritante, enquanto outros símbolos vão aparecendo. Uma linguagem solta, totalmente contrária ao mundo acadêmico. E é isso, zines. Segue aí a capa do Povoando:
Pra contatos: povoovop@yahoo.com.br ou www.flickr.com/photos/ovop
domingo, 9 de junho de 2013
Zine Underground #3
Zine editado por David Beat, com participação de vários artistas. Um desenho de cada. Colagens, grafite, nanquim... cada edição novas participações. Essa é a capa com desenho feito por mim:
Quem se interessar em conhecer o trabalho entrar em contato: pennybeat@gmail.com
Quem se interessar em conhecer o trabalho entrar em contato: pennybeat@gmail.com
sexta-feira, 7 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
Saindo do forno:
Pi² - Politicamente Incorretos Ao Quadrado - Número 4
Politicamente Incorretos Ao Quadrado Desta Edição:
Barata Cichetto
Carlos Monteiro
Cayman Moreira
Celso Moraes F.
Delcidério do Carmo
Diego El Khouri
Diones Neto
Eddy Khaos
Edgar Franco
Edu Planchêz
Eduardo Amaro
Emanuel R. Marques
Fabio da Silva Barbosa
Felipe Sant'Angello
Fernando Pineccio
Gabriel Fox
Genecy Souza
Giovani Iemini
Ikaro Max
Ivan Silva
Joana D'Arc
Joanna Franko
Joka
Jorge Mendes
Karoline Ferreira
Mauzinho Albert Schmidt
Nua Estrela
Paulo de Tharso (In Memorian)
Robisson de Albuquerque
Rojefferson Moraes
Rosana Raven
Samira Hadara
Walmir Knop Jr
Poético Editorial:
Tiralimo
Barata Cichetto
("Pedras que rolam não criam limo" - Bob Dylan
(Editorial Poético ao Numero 4 da Revista Digital "PI² ou Politicamente Incorreto Ao Quadrado)
Eu fui feito para ser a tormenta, a calmaria jamais
Odeio-a, embora ela seja prenuncio de tempestade
Mas acalme-se, pois sou apenas diferente dos demais
E estou por te fazer a diferença e nunca a igualdade.
Retirar das pedras o musgo e a poeira do asfalto
Feito a chuva de verão e a tempestade de inverno
Cheguei para ser o derradeiro, tomando de assalto
E que tudo mais não vá, mas que fique no inferno.
Dylan disse: por não ter nada, a perder nada tenho
E na inquitude do meu ser proponho uma disputa
Dizendo que não conheço o lugar de onde venho
E afirmando que amo toda mulher que se diz puta.
Fui feito enfim, para superar as barreiras de estupidez
E nunca dou aos tolos uma dose de otimismo flácido
Pois embora seja deles o reinado das terras da frigidez
Não permito-lhes ser óxido, mas a corroer feito ácido.
Não parto do principio, pois de princípios não parto
Pois não sou zero, mas o um que atormenta aos tolos
E no auge da minha arrogância eu cuspo no seu prato
Pois não quero as migalhas, mas metade de seus bolos.
Por fim não estou por roubar o fogo e dar à humanidade
E que cada um risque seu fósforo e que acenda sua fogueira
Pois, quando a mim o papel cabido é de ser na eternidade
O espelho que mesmo invertido mostra sua face verdadeira.
---
Pra download da revista tá aí link: http://www.4shared.com/office/yqdG5nmO/pi2_04_Revista.html?
Politicamente Incorretos Ao Quadrado Desta Edição:
Barata Cichetto
Carlos Monteiro
Cayman Moreira
Celso Moraes F.
Delcidério do Carmo
Diego El Khouri
Diones Neto
Eddy Khaos
Edgar Franco
Edu Planchêz
Eduardo Amaro
Emanuel R. Marques
Fabio da Silva Barbosa
Felipe Sant'Angello
Fernando Pineccio
Gabriel Fox
Genecy Souza
Giovani Iemini
Ikaro Max
Ivan Silva
Joana D'Arc
Joanna Franko
Joka
Jorge Mendes
Karoline Ferreira
Mauzinho Albert Schmidt
Nua Estrela
Paulo de Tharso (In Memorian)
Robisson de Albuquerque
Rojefferson Moraes
Rosana Raven
Samira Hadara
Walmir Knop Jr
Poético Editorial:
Tiralimo
Barata Cichetto
("Pedras que rolam não criam limo" - Bob Dylan
(Editorial Poético ao Numero 4 da Revista Digital "PI² ou Politicamente Incorreto Ao Quadrado)
Eu fui feito para ser a tormenta, a calmaria jamais
Odeio-a, embora ela seja prenuncio de tempestade
Mas acalme-se, pois sou apenas diferente dos demais
E estou por te fazer a diferença e nunca a igualdade.
Retirar das pedras o musgo e a poeira do asfalto
Feito a chuva de verão e a tempestade de inverno
Cheguei para ser o derradeiro, tomando de assalto
E que tudo mais não vá, mas que fique no inferno.
Dylan disse: por não ter nada, a perder nada tenho
E na inquitude do meu ser proponho uma disputa
Dizendo que não conheço o lugar de onde venho
E afirmando que amo toda mulher que se diz puta.
Fui feito enfim, para superar as barreiras de estupidez
E nunca dou aos tolos uma dose de otimismo flácido
Pois embora seja deles o reinado das terras da frigidez
Não permito-lhes ser óxido, mas a corroer feito ácido.
Não parto do principio, pois de princípios não parto
Pois não sou zero, mas o um que atormenta aos tolos
E no auge da minha arrogância eu cuspo no seu prato
Pois não quero as migalhas, mas metade de seus bolos.
Por fim não estou por roubar o fogo e dar à humanidade
E que cada um risque seu fósforo e que acenda sua fogueira
Pois, quando a mim o papel cabido é de ser na eternidade
O espelho que mesmo invertido mostra sua face verdadeira.
---
Pra download da revista tá aí link: http://www.4shared.com/office/yqdG5nmO/pi2_04_Revista.html?
terça-feira, 28 de maio de 2013
segunda-feira, 27 de maio de 2013
FORA DE ÓRBITA
(Por Ivan Silva)
Segundo album instrumental, "Fora de Órbita". Do primeiro pra cá é isso. Pra conferir tá aí o link:
http://soundcloud.com/ivan-algun/sets/fora-de-rbita/
Segundo album instrumental, "Fora de Órbita". Do primeiro pra cá é isso. Pra conferir tá aí o link:
http://soundcloud.com/ivan-algun/sets/fora-de-rbita/
sábado, 18 de maio de 2013
sexta-feira, 17 de maio de 2013
VAZIO NA ALMA
(Por Ivan Silva)
A mídia na borda da mente
acomodada excreta: merda,
baldes e baldes de desejos
voltados ao consumismo.
Caganeira até sair do ar
a emissora sentada no trono.
Demente cabeça de tampa erguida
que entopida disso e mais
alimentada dá em si descarga.
E na risada renova toda a porcaria.
No dia seguinte, há de comprar
a cobaia involuntária que ontem ria
tudo aquilo que achar necessário
sem perceber o vazio na alma?
A mídia na borda da mente
acomodada excreta: merda,
baldes e baldes de desejos
voltados ao consumismo.
Caganeira até sair do ar
a emissora sentada no trono.
Demente cabeça de tampa erguida
que entopida disso e mais
alimentada dá em si descarga.
E na risada renova toda a porcaria.
No dia seguinte, há de comprar
a cobaia involuntária que ontem ria
tudo aquilo que achar necessário
sem perceber o vazio na alma?
terça-feira, 14 de maio de 2013
segunda-feira, 13 de maio de 2013
GRITO MARGINAL
GRITO MARGINAL é um zine lançado em pdf, com várias participações, editado por David Beat. Pra conferir tá aí o link:
http://issuu.com/david_beat.zines/docs/zine_grito_marginal__1
http://issuu.com/david_beat.zines/docs/zine_grito_marginal__1
quarta-feira, 8 de maio de 2013
VC PARECE MEU...
Agradeço pelo poema, Jaqueline Nascimento.
(por Jack Nascimento)
E eu perderia todas as hrs dos meus dias
para continuar em teus braços
Não sairia do teu corpo até me desfalecer em vastos orgasmos
Meus olhos brilhariam como o sol do meio- dia
Clareando tua face
Enxergando a beleza de dois corpos nus... (desconhecidos)
Vc parece meu...
Não é o que um dia eu sonhei pra mim
mas é o que a vida me trouxe
E eu perderia os horários de todos os ônibus
que me levam ao meu emprego chato
Perderia até o dia da minha morte
pra sentir o sabor do beijo teu...
quinta-feira, 25 de abril de 2013
domingo, 21 de abril de 2013
Paradoxo
(Queiroz Filho)
Se esta ociosa vida inda perdura
Em perdurar a sina que eu carrego,
Na vista a sepultar a noite escura,
Como um vadio triste, vil e cego
Resignado ao claustro da amargura,
De todo o sonho vão, me desapego,
Pois se nem no amor eu vi ventura,
Que mais há a fazer? A vida entrego!...
Adeus, almos irmãos, adeus, ó, Musa,
Chorai, ó, doce Mãe, o filho vosso,
Que a aurora do pesar se fez intrusa
Ao sonho de amor que era só nosso,
E revelou-me a tal verdade intrusa:
- A Morte é negar o que não posso!...
blog: http://opusculodeumvencido.blogspot.com.br/
Se esta ociosa vida inda perdura
Em perdurar a sina que eu carrego,
Na vista a sepultar a noite escura,
Como um vadio triste, vil e cego
Resignado ao claustro da amargura,
De todo o sonho vão, me desapego,
Pois se nem no amor eu vi ventura,
Que mais há a fazer? A vida entrego!...
Adeus, almos irmãos, adeus, ó, Musa,
Chorai, ó, doce Mãe, o filho vosso,
Que a aurora do pesar se fez intrusa
Ao sonho de amor que era só nosso,
E revelou-me a tal verdade intrusa:
- A Morte é negar o que não posso!...
blog: http://opusculodeumvencido.blogspot.com.br/
quarta-feira, 17 de abril de 2013
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Pi2 – Politicamente Incorreto Ao Quadrado - Terceira Edição
PI2 - Politicamente Incorreto Ao Quadrado
Criação e Edição: Luiz Carlos Barata Cichetto
Nº 3 - 1º de Abril de 2013
Joanna Franko
Barata Cichetto
Eliezer Soares de Souza
Emanuel R. Marques
Isaac Soares de Souza
Genecy Souza
Toni Le Fou
Eduardo Amaro
Delcidério do Carmo
Ivan Silva
Joana D'Arc
Diego El Khouri
Karoline Ferreira
Cledson Bauhaus
Cayman Moreira
Arquíloco de Paros
Link Download Direto: (http://issuu.com/barata.cichetto/docs/pi2_03_revista#download)
ou http://www.4shared.com/get/-vvnL7Ff/pi2_03_Revista.html
Criação e Edição: Luiz Carlos Barata Cichetto
Nº 3 - 1º de Abril de 2013
Joanna Franko
Barata Cichetto
Eliezer Soares de Souza
Emanuel R. Marques
Isaac Soares de Souza
Genecy Souza
Toni Le Fou
Eduardo Amaro
Delcidério do Carmo
Ivan Silva
Joana D'Arc
Diego El Khouri
Karoline Ferreira
Cledson Bauhaus
Cayman Moreira
Arquíloco de Paros
ou http://www.4shared.com/get/-vvnL7Ff/pi2_03_Revista.html
sexta-feira, 12 de abril de 2013
12 de Abril
(Por Ivan Silva)
E a pequena perguntou: o que é saudade?
Com um olhar de quem sabe o que quer.
Respirei fundo...
Sabe, minha inocência, sei lá.
Saudade é um trem muito estranho,
muito estranho mesmo, tanto que quanto mais se fala sobre ela mais a gente vai se sufocando. Saudade é estar sozinho consigo mesmo, aquecido pelo que sobrevive as quatro estações. Nenhuma verdade absoluta. Entendeu?
Boa noite, beijo na testa.
E a pequena perguntou: o que é saudade?
Com um olhar de quem sabe o que quer.
Respirei fundo...
Sabe, minha inocência, sei lá.
Saudade é um trem muito estranho,
muito estranho mesmo, tanto que quanto mais se fala sobre ela mais a gente vai se sufocando. Saudade é estar sozinho consigo mesmo, aquecido pelo que sobrevive as quatro estações. Nenhuma verdade absoluta. Entendeu?
Boa noite, beijo na testa.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
DELÍRIO VORAZ
(Por Ivan Silva)
"De vinho, de poesia ou de virtude"
ao brotar que acolhe o bucolismo
lágrimas solitárias da madrugada,
fantasmas mil, sem rumo nem direção
Olhos doentes a curiar pela janela.
Pouca luz prestes a se extinguir
Iluminando o fim dos dias na memória
que vomita, mija, sangra e agoniza.
"De vinho, de poesia ou de virtude"
Em que se foram já todas as companhias
Esse silêncio insistente é minha tosse
Minha companheira mais amarga, fatal,
que vira e mexe se oculta em outra dose
A qual surte efeito de imediato!
"De vinho, de poesia ou de virtude"
ao brotar que acolhe o bucolismo
lágrimas solitárias da madrugada,
fantasmas mil, sem rumo nem direção
Olhos doentes a curiar pela janela.
Pouca luz prestes a se extinguir
Iluminando o fim dos dias na memória
que vomita, mija, sangra e agoniza.
"De vinho, de poesia ou de virtude"
Em que se foram já todas as companhias
Esse silêncio insistente é minha tosse
Minha companheira mais amarga, fatal,
que vira e mexe se oculta em outra dose
A qual surte efeito de imediato!
sexta-feira, 29 de março de 2013
ZINES NA ÁREA
Três! Um deles é o da Anita Prado, com o nome Katita. Está na 4° edição.
Um zine em quadrinhos onde a Katita, personagem lésbica, aborda assuntos como preconceito e
homofobia. Pra entrar
em contato e conhecer o trabalho: www.marcadefantasia.com (site da editora), ou então através do blog da autora: cafofodakatita.blogspot.com
Os outros dois zines, são do Fabio da Silva Barbosa. Reboco Caído,
edição n°15 e n°16. Com poemas, contos, entrevistas... a cada zine
desse se fica sabendo de outros trabalhos que estão rolando por aí, além de outras novidades. Como por exemplo, o livro desse camarada que foi lançado recentemente, chamado "Escritos Malditos de uma Realidade Insana". Quer conferir tá aí o link: lamparinaluminosa.com . Nesse, o livro. Aqui, pra entrar em contato: fsb1975@yahoo.com.br
terça-feira, 19 de março de 2013
MORBIDEZ
(Pintura: David Bowie)
(Por Ivan Silva)
Conheço muito bem essa necessidade
que beira a cagar e vomitar.
Tal é a necessidade!
Ora, e quem sabe se um dos poemas mais belos
não foi escrito assim...
Uma idéia dessas estragaria qualquer suspiro.
Não sentem o cheiro? Não?!
Tão pouco importa a vós, conservadores, a ultilidade desses esforços!
No entanto sobre a função dos laxantes,
duvido que já não tenham ouvido falar...
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
MALZDREAMS
Primeiro e segundo cd, "Quem é você?" e "Na Ponta dos pés"
Malzdreams... Malzdreams é isso, sonhos malditos, malditos sonhos, nome inspirado em todos os desejos, em todos os pesadelos, bons sonhos e todos os malditos sonhos que nos refugiam de uma realidade tão... sonhada.
http://tramavirtual.uol.com.br/malzdreamsbr
Malzdreams... Malzdreams é isso, sonhos malditos, malditos sonhos, nome inspirado em todos os desejos, em todos os pesadelos, bons sonhos e todos os malditos sonhos que nos refugiam de uma realidade tão... sonhada.
http://tramavirtual.uol.com.br/malzdreamsbr
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
FRAGMENTO
(Por Ivan Silva)
"Escola de filho é em casa". Lembro-me bem de como memorizei o velho ditado. De todas as épocas, a que mais me invadiu a memória no isolamento foi essa: a escolar. O pátio de ontem, o recreio, a juventude a se extravazar mais do que durante uma aula... São essa mesma rua noturna, repleta de mistérios, farras e silêncio. Foi assim que vi tudo a primeira vez, quando ainda não encarava meus medos, minhas barreiras. Imaginava que por o pé pra fora da sala nesses momentos seria praticamente assinar minha setença de morte. Era assustadora a idéia. Nunca me enquadrei nas brincadeiras, na maioria delas. As achava pouco comunicativas e competitivas demais. As únicas que me chamavam atenção eram as que pareciam ter, como finalidade: o exercício da mente. Demorei muito pra perceber que qualquer uma das brincadeiras, não só exercitava a mente, como também iam além disso. Humor, corpo, intuição... vários cata-ventos girando na rua noturna. Absorvendo essas sensações que batiam em meu peito, cheguei ao lago da contente cidade, e fui entrando no local, carregando minha garrafa de vinho e meu violão. Ao longe avistei uma sombra, e meio assustado continuei indo até onde queria chegar, mais perto do lugar, "parceiro, eu vou fumar minha pedra aqui, se importa?", na grama, com uma latinha na mão e procurando bitucas de cigarro, um pouco mais adiante de onde eu havia sentado... Sob as luzes dos postes, a sombra mencionada, agora um revelado rapaz pela menor distância, estava ali, desse jeito, ouvindo eu dizer que não me importava, que não tinha nada contra. Eu ia ficar ali tocando violão, bebendo vinho e tudo bem, naquela distância. "Ah, beleza. Cê viu? Por isso perguntei. Tem gente que quando faz isso não respeita não, chega bem perto dos outros, encosta do lado e tal, ih, já vi demais... por isso a maioria das pessoas nem olhar pra gente olha." Um espanto... minha alma em mil pedaços. O rapaz agora reclamava de um conhecido seu, que devendo como estava, nas mãos de outro já estaria morto.
(!)
Fiquei em silêncio, tentando entender tudo aquilo... sem saber se tentava desambaraçar minha confusão ou aquela que ia se desfazendo em meus ouvidos. É foda... comecei a tocar e ele a fumar a pedra. Quase não consegui beber meu vinho, o pior de todos mesmo sendo o de costume. Decidi apenas tocar meu violão e trocar um pouco de idéia com aquele camarada. Foi quando numa simplicidade fui chamado de amigo. "Essa coisa é uma merda! Qual seu nome mesmo? Eu me esqueço, ôô... Ivan. Isso aqui se chama estraga família. O cara que quiser estragar tudo é só começar a usar isso aqui. O vício é grande..." E em resposta da rápida pergunta que fiz. "Eu comecei assim. Sabe como é o tal do curioso, né? No começo eu só vendia, mas fui inventar de matar a curiosidade... E essa merda dá dinheiro. O negócio é o cara vender, só, mais nada!". Um espanto... mergulhei e deixei meus dedos falarem nas cordas, sem nunca ter tocado tais acordes.
Demorei muito pra perceber que qualquer uma das brincadeiras, não só exercitava a mente, como também iam além disso. Humor, corpo, intuição... vários cata-ventos girando na rua noturna.
Quais eram as sensações, foi o que saiu voando pelos ares, um espatifar. Pontos de interrogação em explosão, com todas as exclamações do delírio incompreensível. "Ouviu esse tiro? Ouviu?! Deve ser a polícia... tenho a sensação de estar sendo perseguido. Tenho medo, muito medo. Isso me deixa assustado, ansioso... a impressão que tenho é que perdi o chão... É isso, a gente fica o tempo todo procurando coisas no chão." E no silêncio horrível que se seguiu... "Vou indo nessa, quero ver se descolo uma grana e compro mais um pouco dessa merda pra mim vender. E posso te falar uma coisa? Se um dia alguém que diz ser seu amigo vier te oferecer isso, é só dizer não, valeu cara, a gente num é amigo não." Pegou na minha mão, meio acuado, me disse seu nome, e saiu assim,"depois eu volto". Levando um dinheiro que dei, na intenção de que comprasse algo pra comer. Já cansado sem o que o momento exigia, bebi do vinho o que não joguei fora e voltei pra casa, com esse fragmento que faz parte da minha vida.
"Escola de filho é em casa". Lembro-me bem de como memorizei o velho ditado. De todas as épocas, a que mais me invadiu a memória no isolamento foi essa: a escolar. O pátio de ontem, o recreio, a juventude a se extravazar mais do que durante uma aula... São essa mesma rua noturna, repleta de mistérios, farras e silêncio. Foi assim que vi tudo a primeira vez, quando ainda não encarava meus medos, minhas barreiras. Imaginava que por o pé pra fora da sala nesses momentos seria praticamente assinar minha setença de morte. Era assustadora a idéia. Nunca me enquadrei nas brincadeiras, na maioria delas. As achava pouco comunicativas e competitivas demais. As únicas que me chamavam atenção eram as que pareciam ter, como finalidade: o exercício da mente. Demorei muito pra perceber que qualquer uma das brincadeiras, não só exercitava a mente, como também iam além disso. Humor, corpo, intuição... vários cata-ventos girando na rua noturna. Absorvendo essas sensações que batiam em meu peito, cheguei ao lago da contente cidade, e fui entrando no local, carregando minha garrafa de vinho e meu violão. Ao longe avistei uma sombra, e meio assustado continuei indo até onde queria chegar, mais perto do lugar, "parceiro, eu vou fumar minha pedra aqui, se importa?", na grama, com uma latinha na mão e procurando bitucas de cigarro, um pouco mais adiante de onde eu havia sentado... Sob as luzes dos postes, a sombra mencionada, agora um revelado rapaz pela menor distância, estava ali, desse jeito, ouvindo eu dizer que não me importava, que não tinha nada contra. Eu ia ficar ali tocando violão, bebendo vinho e tudo bem, naquela distância. "Ah, beleza. Cê viu? Por isso perguntei. Tem gente que quando faz isso não respeita não, chega bem perto dos outros, encosta do lado e tal, ih, já vi demais... por isso a maioria das pessoas nem olhar pra gente olha." Um espanto... minha alma em mil pedaços. O rapaz agora reclamava de um conhecido seu, que devendo como estava, nas mãos de outro já estaria morto.
(!)
Fiquei em silêncio, tentando entender tudo aquilo... sem saber se tentava desambaraçar minha confusão ou aquela que ia se desfazendo em meus ouvidos. É foda... comecei a tocar e ele a fumar a pedra. Quase não consegui beber meu vinho, o pior de todos mesmo sendo o de costume. Decidi apenas tocar meu violão e trocar um pouco de idéia com aquele camarada. Foi quando numa simplicidade fui chamado de amigo. "Essa coisa é uma merda! Qual seu nome mesmo? Eu me esqueço, ôô... Ivan. Isso aqui se chama estraga família. O cara que quiser estragar tudo é só começar a usar isso aqui. O vício é grande..." E em resposta da rápida pergunta que fiz. "Eu comecei assim. Sabe como é o tal do curioso, né? No começo eu só vendia, mas fui inventar de matar a curiosidade... E essa merda dá dinheiro. O negócio é o cara vender, só, mais nada!". Um espanto... mergulhei e deixei meus dedos falarem nas cordas, sem nunca ter tocado tais acordes.
Demorei muito pra perceber que qualquer uma das brincadeiras, não só exercitava a mente, como também iam além disso. Humor, corpo, intuição... vários cata-ventos girando na rua noturna.
Quais eram as sensações, foi o que saiu voando pelos ares, um espatifar. Pontos de interrogação em explosão, com todas as exclamações do delírio incompreensível. "Ouviu esse tiro? Ouviu?! Deve ser a polícia... tenho a sensação de estar sendo perseguido. Tenho medo, muito medo. Isso me deixa assustado, ansioso... a impressão que tenho é que perdi o chão... É isso, a gente fica o tempo todo procurando coisas no chão." E no silêncio horrível que se seguiu... "Vou indo nessa, quero ver se descolo uma grana e compro mais um pouco dessa merda pra mim vender. E posso te falar uma coisa? Se um dia alguém que diz ser seu amigo vier te oferecer isso, é só dizer não, valeu cara, a gente num é amigo não." Pegou na minha mão, meio acuado, me disse seu nome, e saiu assim,"depois eu volto". Levando um dinheiro que dei, na intenção de que comprasse algo pra comer. Já cansado sem o que o momento exigia, bebi do vinho o que não joguei fora e voltei pra casa, com esse fragmento que faz parte da minha vida.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
PANTERAS NEGRAS
Filme sobre os Panteras Negras, grupo revolucionário que surgiu em 1960 no EUA. Nele mostra como o estado joga com a sociedade e como é, nessas situações. Lembrando aqui que constantemente tentam camuflar as formas de opressão, que no fim são sempre as mesmas. Violência e crueldade, física, psicológica. Deixo aqui o vídeo pra quem quiser dar uma conferida e fazer suas próprias reflexões:
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Nocturna
(Por Thina Curtis)
Todas as noites me sinto
uma lembrança feita de folhas e de nada
rascunhos mal apagados do tempo
me restam apenas recordações talvez...
E afinal quase nada resta
e tudo parecia imenso!
Pela janela vazia fico a olhar a noite e seu espetaculo
a brisa fresca toca na minha pele delicada e fria
A longa e lenta garoa nas vidraças,
é noite ainda
como companhia tenho a solidão
em meio a vertigem ainda sinto as vezes a esperança
E ela sempre esta a me fazer sonhar.
As sombras entre nós
Elas apunhalam e me ferem
mataram a raiz do meu coração
deixando meu peito vazio. A sangrar.
Cicatrizes que demoram se curar
ainda no aguardo mesmo que no tardio do balsamo da aurora,
porém são nessas noites que a poesia me possui
deixa tudo mais vulneravel
meus sonhos são os mais intensos
faço parte deles se tornam nitidos e palpaveis
São noites que só os poetas conseguem entender
é onde encontram seu gozo e prazer.
As estrelas iluminam ofuscam afastando o negrume estatico
os arduos tormentos
de uma vida funesta...
Todas as noites me sinto
uma lembrança feita de folhas e de nada
rascunhos mal apagados do tempo
me restam apenas recordações talvez...
E afinal quase nada resta
e tudo parecia imenso!
Pela janela vazia fico a olhar a noite e seu espetaculo
a brisa fresca toca na minha pele delicada e fria
A longa e lenta garoa nas vidraças,
é noite ainda
como companhia tenho a solidão
em meio a vertigem ainda sinto as vezes a esperança
E ela sempre esta a me fazer sonhar.
As sombras entre nós
Elas apunhalam e me ferem
mataram a raiz do meu coração
deixando meu peito vazio. A sangrar.
Cicatrizes que demoram se curar
ainda no aguardo mesmo que no tardio do balsamo da aurora,
porém são nessas noites que a poesia me possui
deixa tudo mais vulneravel
meus sonhos são os mais intensos
faço parte deles se tornam nitidos e palpaveis
São noites que só os poetas conseguem entender
é onde encontram seu gozo e prazer.
As estrelas iluminam ofuscam afastando o negrume estatico
os arduos tormentos
de uma vida funesta...
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
CARICATURA DO ABUJAMRA
Caricatura do Abujamra feita por Diego El Khouri
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