sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Nocturna

(Por Thina Curtis)

Todas as noites me sinto
uma lembrança feita de folhas e de nada
rascunhos mal apagados do tempo
me restam apenas recordações talvez...
E afinal quase nada resta
e tudo parecia imenso!
Pela janela vazia fico a olhar a noite e seu espetaculo
a brisa fresca toca na minha pele delicada e fria
A longa e lenta garoa nas vidraças,
é noite ainda
como companhia tenho a solidão
em meio a vertigem ainda sinto as vezes a esperança
E ela sempre esta a me fazer sonhar.
As sombras entre nós
Elas apunhalam e me ferem
mataram a raiz do meu coração
deixando meu peito vazio. A sangrar.
Cicatrizes que demoram se curar
ainda no aguardo mesmo que no tardio do balsamo da aurora,
porém são nessas noites que a poesia me possui
deixa tudo mais vulneravel
meus sonhos são os mais intensos
faço parte deles se tornam nitidos e palpaveis
São noites que só os poetas conseguem entender
é onde encontram seu gozo e prazer.
As estrelas iluminam ofuscam afastando o negrume estatico
os arduos tormentos
de uma vida funesta...

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