(Por Ivan Silva)
Era uma vez uma princesa
que perdeu tudo
e caiu em depressão
pois achava que o que tinha
era sua salvação.
Pobre princesa. Tudo, para ela,
eram aquelas jóias, vestidos,
castelo e sapatos de cristal,
etc.
Agora nada tinha, mas era real
isso e (para seu eterno tormento)
o famoso nome, de princesa.
Que lamentava
Lamentava, lamentava, lamentava,
sem perceber
que alguém do lado lhe dizia:
Princesa, deixa disso,
deixa disso e sorri.
Olha aqui pro arlequim. É sério,
quem roubou teu mundo
até que gostou das minhas
piruetas e sátiras,
mas na primeira oportunidade fugi, fugi.
E por esse mero capricho estou
condenado à morte.
Minha princesa, um arlequim
condenado à morte,
não é engraçado? Me diz,
(o olhar da princesa foi se
levantando)
eu não mereço essa morte por
condenação.
Não mereço.
Tudo que fiz foi fugir. Fugi,
por não querer trabalhar para tal
ser.
Mas tudo bem, tudo bem, sem o teu sorriso, eu
me entrego.
E terminando de levantar o olhar
a princesa não sorriu, muito pelo
contrário,
se mostrou mais séria que uma
pedra,
se lembrando de uma das últimas:
É preciosa!
Quando ainda era feliz e pagava
com seu elegante sorriso, o
arlequim.
Que chato se tornara.
Suas etiquetas e mais ainda o arlequim,
imbecil babão.
Não via que o sorriso dela ficou com
tudo?
O que queria afinal?
Sua salvação?
Fraco.
Pois que se entregasse à morte!
Abaixou o olhar e foi se
afastando,
sem nada dizer ao esperançado,
que suspirou com muita dor.
Desaparecendo
dali.
2 comentários:
Era uma vez um lamento...
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