por Ivan Silva
Manhã do desespero
minha cabeça dente de leão se desfaz no vento...
mais uma vez pelos ares.
A noite me chama e eu vou
penetrando a multidão perdida
nas mesas, nas cadeiras, nos banheiros, na Guernica
onde teceram tranquilamente cascatas
as aranhas azuis de Piva em Cantareira
Venho sonhando com meus irmãos; suas vozes,
seus passos,
a me acompanhar por essas calçadas cor laranja mecânica
Não estou só e estou
só a memória sabe por onde ir:
e que nus caminhos invisíveis nos espera,
que curvas... que estrada... insaciáveis chamas...
a vida sem nenhum pudor,
olhar indomável, útero caverna das origens
- êxtase no flagra,
corpos luz atravessando trevas
Um comentário:
Gostei da tua intercessão a Piva, mesclando teu poema.Casaram harmonicamente.
"...abandonar tudo. conhecer praias. amores novos.
poesia em cascatas floridas com aranhas
azuladas nas samambaias.
todo trabalhador é escravo. toda autoridade
é cômica. fazer da anarquia um
método & modo de visa. estradas.
bocas perfumadas. cervejas tomadas
nos acampamentos. Sonhar Alto."
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