domingo, 27 de setembro de 2009

[Por Entre inseticida]

Destino é o que mergulha
motivo é o que se afoga...
se tiram de pouco a pouco essa agulha ,
--minúsculo--mas o buraco,
é o único que há sobra.

Poesia fina de teia aracnídea
é feia enquanto tece
sem saber de quantos gomos
vai levando a sua vida: ferida
enquanto enrola em sua ceda
a própria pele que lucida: --
uma mosca já sem asas
morta, querida, ou amada.

5 comentários:

Diego El Khouri disse...

"Morta, querida ou amada..."
Isso é a existência ou é simplesmente a poesia sendo decifrada e definida?
Suas palavras se confundem com a morte e com a vida.

O presságio de vida sem medida.
Vida e morte, morte e vida.

Poesia se degladiando com a existência.

Noita disse...

"sem saber de quantos gomos
vai levando a sua vida: ferida
enquanto enrola em sua ceda
a própria pele que lucida:
uma mosca já sem asas
morta, querida, ou amada. "

Deparei aqui com minha vida enrolada em papel de ceda, busca incessante por amnésia. Onde quero, mato, amo...
Enlouqueço-me.

Adorei!!

Anônimo disse...

Fico sem palavras^^

=[

Muito bom, sempre muito bom!

\o/

Sarah El Khouri disse...

"Destino é o que mergulha
motivo é o que se afoga...
se tiram de pouco a pouco essa agulha ,
--minúsculo--mas o buraco,
é o único que há sobra."

Adorei tudo, mas essa parte me encantou mais!

Noita disse...

HUauhauhau!
Ah ta rsrsrs!
Adorei essa também!!!!
BeijoO*