(Por Ivan Silva)
O gozo a tudo cansa.
Céus!, assim, o tédio
é de pouco terra mansa
Uma criança sem remédio
Se lhe ocorria na lembrança
a febre lhe entristecia
na medida clara da mudança
só a terra estremecia
O cantorio que lhe cantava
Era a cura guarnecida
De feliz se levantava
Vinha a morte bem vestida
Do menino tirava o tédio
e também se entristecia
Era aí, o seu Ofício (roubado)
--da criancinha que falecia.
5 comentários:
A sua literatua, sua poesia é um caminho tortuoso entre o abismo e a paz. Mas alcançou a paz inúmeras vezes.
Eu queria ser assim,grande poeta.
Mas cada dia mais minha poesia está mais suja e obscura q não vê saída pra nada.
Vc é um exemplo do que um artista deve ser.
Nunca conheci poeta mais correto com as palavras, doce, causador... O que vc escreve desnuda minha poesia!
*__*
Eita que honra!
Um poema desses inspirado em meu Ponta cabeça.
"O gozo a tudo cansa.
Céus!, assim, o tédio
é de pouco terra mansa
Uma criança sem remédio..."
É exatamente assim.
Cara, que poema maneiro!!!!!!!!!!
Vc escreve pra cacete! Seus poemas sao uma viagem sideral.
Esse é um dos meus poemas preferidos!
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