sexta-feira, 6 de novembro de 2009

No jeito do acento

Quebraram o acento
que tinhas,
ó ar
ó mar
Que tinhas, ó vento, ó sonho sedento
Que tinhas a cinza do mato
em incêndio
Tudo se fala, em silêncio
tudo se apaga
O poema nojento parece uma bala
Caiu no meu peito: dois acentos "tio"
Ai!Amor--um mar, um ar, a cinza:
Um poema nojento,--Um acento ranzinza...

3 comentários:

Diego El Khouri disse...

O poema nojento, contundente é a verdadeira poesia, pois poesia nada mais é que "uma metralhadora na mão de um palhaço", como diz o bardo cego.

Anônimo disse...

Suas metáforas, sempre tão dispostas!

*__*

Gosto de como elas tocam..

Sarah El Khouri disse...

Muito lindo e intenso.
Cada vez você esta com um jeito mais poético de se expressar.