PS: Natalia, direto, sempre que posso leio seu blog. Mas quando eu comento, na hora de postar, dá defeito. E não tem como entrar em contato com você...mas sempre acompanho.
O impacto da bomba
não me deixa com sono
mas a fumaça negra me esconde
sem ter nem mesmo por onde
O poeta de chinelo, xula, mesmo
com seus versos esqueléticos
e a penumbra de fogo nos escombros
me queima aos reflexos
No caminho já perdido
lhe encontra um mendingo
Que diz: Como vai meu amigo?
"Nem me venha com seu desdém
Também estou perdido
mas não lhe chamo de amigo
fantasmagora-me, isso eu peço
e só por isso estou dormindo."
A pomba que dum brilho
se levantou do ninho,
não era mínino um pássaro
era a bomba que se ostentava.
4 comentários:
Poeta de chinelo, xulo e sem morada.
Perdido nos vãos do caminho. Insólitas paisagens. Penso como vc e tbm tenho esse intento de descer a poesia para as nossas esferas e arrancar-la de seu pedestal de marfim.
Pronto. Esse poema já está no zine 2,
se é q um dia terá a segunda edição...
...
...
...
Ahhh... sempre muito bom!
Eu leio seus textos com tanta vontade que as veias da minha gargata ficam altas!
*__*
"O impacto da bomba
não me deixa com sono
mas a fumaça negra me esconde
sem ter nem mesmo por onde"
MUITÍSSIMO BOM!
vc escreve bem pra caramba! Nenhum comentario que eu fizer podera descrever tao bem o quanto vc é um otimo poeta! Acho que esses dois malucos acima conseguiram dizer
Sempre esse lirismo fumegante! Ler-te é pedir para si próprio que adentre uma esfera sem entrada, de exoesqueleto ébrio e dourado e de carne prata e voluptuosa. Uma esfera cujas saídas ainda nos trasladam a algo que a palavra poesia só consegue vislumbrar, enquanto que nós (poetisados) somos levados a um outro grau de consciência, o nirvana de nosso eu lírico.
Continues arrebatando-nos, senhor carroagem de fogo!
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