terça-feira, 19 de maio de 2009

Maria fumaça



Devagar começa a maria fumaça
sem muita força do carvão
a queima, teima
corre, corre, freia

Freios se quebram
maria fumaça atravessa pontes
chega a outros rumos
volta, rodeia

Queima, a teima
fortalece, enfraquece
controlada pelo maquinista
controlada pelo carvão

Controlada pelo fogo e fumaça
queima, incedeia
torra, tosta
destroços ao chão

Parada pelo caminho
antes um pouco
De onde mora um menino
menino sortudo

Não que não viste a queima
mais não viu a teima
não controlou a maria fumaça
não morreu como o maquinista

Um comentário:

Diego El Khouri disse...

bem visual esse poema... vc cria imagens q a transformam em realidade, em algo concreto, porém delirante... q é o mais dificil na poesia... transformar nossos sonhos em algo concreto... aquilo q vc le e vivi ao mesmo tempo...
vc é mestre nisso.