(Por Ivan Silva)
Ser mar, ou ser rocha? Ser rocha não é sentir as ondas do mar que se quebram? Não é ser cavoucado e dar, querendo ou não, novos limites a mais fortes e renovadas ondas? Não é se tornar vazio? Não é deixar passar despercido os pedaços, os grãos, os pós umidecidos que são arrancados pelo mar a cada toque? E ser mar?! Não é arrancar da dura rocha, minerais necessários para vida? Não é ir de encontro a praia; se lançar sobre a areia, onde há conchas, ovos de tartaruga enterrados, e também frações do lixo industrial da humanidade?! Ser mar, ou ser rocha?...
6 comentários:
Massa demais este texto! Grande e profunda metáfora. Vou repassá-lo aos meus colegas de trabalho.
A relação mar-rocha é algo consecutivo e eterno...
Mar!
Estática, a rocha não tem como escapar ao mar. Na verdade, nada escapa ao mar. Nem as palavras...
Muito profunda a sua reflexão Ivan, você escreve muito bem, parabéns!
Rocha, vítima por falta de opção, golpe de sorte ou azar, estática, sofrendo a deliciosa e degradante ação do tempo.
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