quarta-feira, 1 de julho de 2009

Próximo a ferrovia




Quebrei-me
Tenho em mim a meia-noite
e não saio disso
sou um relógio cuco
cego e louco pela escuridão, vagando
longe de um prego na parede
dentro de uma caixa velha de sapatos,
sapatos cujo os cadarços são de sacola
trançados por um menino
um menino que não sente a queima

Mas sente a teima, da maria fumaça ao maquinista
Queima, torra, tosta, distancia
chega a outros rumos

A menos de dois palmos a mim.

2 comentários:

Diego El Khouri disse...

Posso estar enganado, mas vejo q vc tem uma certa obcessão por movimento, por velocidade em seus poemas... sempre ferrovias, maria fumácia, ritmo de pássros, etc...
Gostei desse poema aí!!

Anônimo disse...

ain eu gostei tb^^
Pra varia néah?

=]