terça-feira, 21 de julho de 2009

Ultrapassado, sem formas



Sou antiquado
Diabos que não me esquenta!
Minha única boa blusa sempre fora desprovida de carapuça
Com ela, estou preparando essa guerra (guerra de travesseiros)
Só não traga reféns―prisioneiros—, fuzis!
Estou desmunido, esmurecido. Murcho.
Pudera, peguei corrente de ar frio
Ah! Conversa. Eu vejo o noviço camaleão que sou
e fico vesgo, ao olhar para os dois lados de uma mesma moeda
Sufocado suspiro...
Si não fosse pelo vento
não saberia que Santi, é Rafael (um mestre renascentista)
e que Galileu Galilei, deixara, escrevendo em papiros,
desenhadas letras a bico-de-pena. Vejo que antiquado que sou.
Não por sentir frio ou tomar numa manhã, em meio ao leite,
derretidas bolachas. Só por culpar uma blusa.
Sim. Sem uso.
Sem carapuça.

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom Ivan,
Adorei como sempre..

"Minha única boa blusa sempre fora desprovida de carapuça"

Quanto siguinificado!
Genial...

=]

Bjo.

Diego El Khouri disse...

Genial!!!!!!!!!!
Há vários significados dentro
desse poema q não cabe eu aqui dizer,
a única coisa a fazer mesmo é ler denovo
e tentar decifrar as inúmeras faces do poema.
Muito bom! como sempre!!

Sarah El Khouri disse...

indiscutivelmente bom, Ivan! Excelente! Como de costume