quinta-feira, 9 de julho de 2009
Doce
Na véspera eu me declarei e fui apenas um ex-adorado
Eu me odiaria o resto dos dias sem me delatar
Acabei por odiar o ódio que surgiu do nada
Tentei então não ter rancor, não sei si consegui
As noites foram sem lua pra mim
e a única coisa que me prendia no chão eram os pés
Tentei enxergar a sua felicidade,
pra ver si me feria mais um pouco, isso eu consegui
Eu vi a sua felicidade transposta e maligna pra mim
Você cortou a minha garganta choca
e arrancou-me os olhos fora
Eu rolei no chão feito porco de ceva
enquanto tentava beber dos seus olhos
apenas lágrimas que fossem salgadas
Então eu senti o meu coração ser arrancado
frito, torrado e moído
para ser misturado no meio da borra de café
e eu só preferia ter te conhecido em outra época,
em outra vida, onde eu não fosse eu.
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5 comentários:
Lindo Ivan, lindo mesmo!
O amor é doloroso...
Mais penso que minha vida seja antes duída do que nula!
=]
Textos sobre sentimentos como amor e saudade realmente mechem comigo, sempre tento descreve-los em meus textos, mais acredito que nunca conciguirei!
Vc foi perfeito quando escreveu este!
Beijos poeta!
"e eu só preferia ter te conhecido em outra época,
em outra vida, onde eu não fosse eu."
Não tenho o que dizer, apenas que esse poema me chocou de tamanha beleza, ritmo e agressividade acompanhado de um lirismo as vezes suave, as vezes violento.
Bom pra caramba!!
tenho dito;
adoro os paradoxos. misturar o sublime, inocente ao torpe e nogento.
"Tentei então não ter rancor, não sei si consegui
As noites foram sem lua pra mim
e a única coisa que me prendia no chão eram os pés
Tentei enxergar a sua felicidade,
pra ver si me feria mais um pouco, isso eu consegui"
LINGUAGEM AGRESSIVA PARA DESCREVER A SUAVIDADE DO QUE É O AMOR. TAMBEM GOSTO DESTE CONTRASTE. MUITO LEGAL.
Menino, q poema, hein?
Parabéns... aguardo sua visita lá em meu blog, ok?
abraços
ADOREI
linhas perfeitas
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