quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A ladra dos Ofícios

(Por Ivan Silva)

O gozo a tudo cansa.
Céus!, assim, o tédio
é de pouco terra mansa
Uma criança sem remédio

Se lhe ocorria na lembrança
a febre lhe entristecia
na medida clara da mudança
só a terra estremecia

O cantorio que lhe cantava
Era a cura guarnecida
De feliz se levantava
Vinha a morte bem vestida

Do menino tirava o tédio
e também se entristecia
Era aí, o seu Ofício (roubado)
--da criancinha que falecia.

5 comentários:

Diego El Khouri disse...

A sua literatua, sua poesia é um caminho tortuoso entre o abismo e a paz. Mas alcançou a paz inúmeras vezes.
Eu queria ser assim,grande poeta.
Mas cada dia mais minha poesia está mais suja e obscura q não vê saída pra nada.

Vc é um exemplo do que um artista deve ser.

Anônimo disse...

Nunca conheci poeta mais correto com as palavras, doce, causador... O que vc escreve desnuda minha poesia!

*__*

Noita disse...

Eita que honra!
Um poema desses inspirado em meu Ponta cabeça.

"O gozo a tudo cansa.
Céus!, assim, o tédio
é de pouco terra mansa
Uma criança sem remédio..."

É exatamente assim.

GrItO dE gUeRrA disse...

Cara, que poema maneiro!!!!!!!!!!
Vc escreve pra cacete! Seus poemas sao uma viagem sideral.

Sarah El Khouri disse...

Esse é um dos meus poemas preferidos!