quarta-feira, 10 de junho de 2009

Engrenagens



As lágrimas saem dos olhos
nas pálpebras se estancam
escorrem pelo rosto, pigam no chão

Os olhos empapuçados
ardem
perto a um pirilampo
vem sono, vem sonhos

Suor e frio, de bater as costelas

Minha febre
Engrenagens pequenas
Girando, girando...

Aproxima, afasta
Uma grande lupa
me puxando outra vez
Que frio, me deixa deitar

Um gosto amargo,
de vez em quando engrenagens
girando a todo tempo
Me puxando, me moendo

Respingos d'água pelo corpo

Isso de vez enquando
Gargalhadas e um gosto amargo
enquanto gargarejo com dipirona.

3 comentários:

Diego El Khouri disse...

puts!! pirei!! o melhor de todos!!! poderia escrever linhas e linhas pra dizer a forte impressão que esse poema me causou mas é pouco... intenso, forte, musical... sem palvras...

Anônimo disse...

Muito bommm!
Puts adooorei...
Intenso, criativo, dolorido, forte, muito forte!

Bjo menino.

Sarah El Khouri disse...

Ivan, muito legal o seu blog!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Como disse a karla e o Diego: poema intenso, criativo, dolorido, forte, musical!Puxa!...estou sem palavras!