A tendência, quando se pensa diferente da maioria, é em determinados
momentos nos considerarmos loucos. Aquela coisa, que aprendemos desde
pequenos, dentro dos conceitos da “democracia”, de que se a maioria
pensa e quer uma coisa, esta coisa deve estar correta. Mas quando
começamos a ler e pesquisar, buscando outros pensamentos de outras
pessoas, acabamos por chegar a conclusão que, ou não somos realmente
loucos, ou ao menos não somos tão poucos.
Quando comecei a explanar meus pensamentos, comecei a ser tachado de
"Politicamente Incorreto" e na época nem sabia exatamente o que era
isso. Havia conhecido o “Patrulhamento Ideológico”, ainda nos anos 1970,
mas comecei a perceber que as coisas atualmente eram muito piores e
mais danosas e perigosas. E também a perceber que existem, não apenas no
mundo acadêmico e até na própria mídia, pessoas que também tem esse
pensamento. Filósofos como o Luiz Felipe Pondé no Brasil e Roger Scruton
na Inglaterra; e jornalistas como Walter Navarro. E mesmo dentre as
pessoas, digamos, mais simples, pessoas comuns, que apesar de não
estarem debaixo dos holofotes e na frente de microfones de rádio e
televisão, também tem esse pensamento na contramão. Pessoas que
questionam seu mundo e que não aceitam o que é vomitado e imposto a
força.
E foi baseado nisso que lancei a ideia desta revista. Aglutinar esse
pensamento que não tem lado, não está nem à direita nem a esquerda,
muito menos no centro. Ou se está de algum lado, é o do pensamento
livre, coisa que tem sido combatido pelo poder dominante que descobriu
que a melhor maneira de dominar as pessoas seria com a "pasteurização" e
a uniformização do pensamento, nivelando por baixo os conceitos sociais
e morais, transformando até mesmo coisas simples e necessárias como
cantigas de roda e o humor em alvos de criticas, e até mesmo de
processos.
Aliás, os processos judiciais substituíram bem a chibata e a tortura nos
porões da repressão militar. Antes, os que pensavam diferente do que
era imposto eram torturados e mortos, hoje são processados, o que as
vezes na prática significa a mesma coisa, impedindo até mesmo essas
pessoas de sobreviver.
Pensar e expor o pensamento livre, de fato, se tornou algo muito
perigoso, como na "crimidéia" de Orwell. Pensar diferente está se
tornando crime, a partir da premissa inventada de uma igualdade que não
existe e chegando a absurdos de fazer com que as pessoas se sintam no
dever de explicar porque estão usando a palavra "preto", em qualquer
circunstância e por qualquer motivo. A coisa se instala na mente das
pessoas, criando o pior tipo de censura, aquela que impede que o criador
de usar determinadas palavras, formas e cores . Uma guerra suja.
E como não sou - a maioria de nós não é - afeito a armas, tiros e
explosões, nos resta apenas uma forma de lutar nessa guerra suja:
continuando a pensar e explanar seu pensamento das formas que ainda
podemos. E esse é o motivo maior da existência de PI2, Pi Ao Quadrado,
ou Politicamente Incorreto ao Quadrado.
Luiz Carlos Barata Cichetto
Politicamente Incorretos:
- Luiz Felipe Pondé
- Walter Navarro
- Luiz Carlos Barata Cichetto
- Delciderio do Carmo
- Toni, Le Fou
- Renato Pittas
- Emanuel R. Marques
- Marcelo Moreira
- Gabriel Fox
- Diego El Khouri
- Giovani Iemini
- Wellington Vinícius Fochetto Jr.
- Isaac Soares de Souza
- Eliezer Soares de Souza
- Joanna Franko
- Alejandra Arce D Fenelon
- Celso Moraes F.
- Roger Scruton
- Erika Zaituni
- Carlos Crummond de Drummond
http://molholivre.blogspot.com.br/2012/12/p12-pi-ao-quadrado-ou-politicamente.html
Pra quem quiser conferir o livro tá disponível nesse link http://issuu.com/barata.cichetto/docs/pi2_01_revista
Pra quem quiser conferir o livro tá disponível nesse link http://issuu.com/barata.cichetto/docs/pi2_01_revista
Um comentário:
Obrigado, Ivan Silva por divulgar nossa revista. Grande abraço!
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