Na rua noturna
Piso em falso no pó do chão
E quando tudo se desenrola
Vem o espanto...
Ando atormentado
A coruja, avoa, meio que soturna
Indagando..., indignada
Desce aos meus ouvidos, o seu canto navalhento de rapina
E o assobio de suas penas a rasgar o vento
Sinto arrepios
Enquanto escuto isso
Vejo ai o que não vejo
No pó do chão, na rua noturna
Com os meus passos livres, rasteiros e obsoletos
Sou eu que a atormento.
4 comentários:
Olá, eu sou uma tempestade
Gosto da sua poesia
um beijo. Natalia
Visão da visão! Incrível como estas palavras reverberam pelos labirintos de nossa já tão senil imaginação. Me lembra algo como a visão shamânica do espírito da noite, o ressoar de um empata proclamado com verbo. Meus parabéns!
Imprecionante como vc me faz viajar nas suas palavras...
Algo divino!
Obrigado..
=]
Concordo com Vincente.
Vc encorporou o xamã pra escrever esse poema.
Parece alguem numa luta vã pela existência enquanto a própria existência percebe que vem dela a principal fonte de tormento
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