quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Poucos passos largados



Na rua noturna
Piso em falso no pó do chão
E quando tudo se desenrola
Vem o espanto...
Ando atormentado
A coruja, avoa, meio que soturna
Indagando..., indignada
Desce aos meus ouvidos, o seu canto navalhento de rapina
E o assobio de suas penas a rasgar o vento
Sinto arrepios
Enquanto escuto isso
Vejo ai o que não vejo
No pó do chão, na rua noturna
Com os meus passos livres, rasteiros e obsoletos
Sou eu que a atormento.

4 comentários:

Scent of a woman disse...

Olá, eu sou uma tempestade
Gosto da sua poesia
um beijo. Natalia

Vi disse...

Visão da visão! Incrível como estas palavras reverberam pelos labirintos de nossa já tão senil imaginação. Me lembra algo como a visão shamânica do espírito da noite, o ressoar de um empata proclamado com verbo. Meus parabéns!

Anônimo disse...

Imprecionante como vc me faz viajar nas suas palavras...
Algo divino!
Obrigado..

=]

Diego El Khouri disse...

Concordo com Vincente.
Vc encorporou o xamã pra escrever esse poema.
Parece alguem numa luta vã pela existência enquanto a própria existência percebe que vem dela a principal fonte de tormento