Por Fabio da Silva Barbosa
aí estão suas lágrimas
novamente inundando
sua face tão marcada
pelas surras do passado
e o presente
que não facilita em nada
insiste em mostrar
um futuro de dor
não existe fuga
que dure para sempre
para abortos ambulantes
que respiram em plena morte
condenados pela existência
perambulando pelo eterno fim
com o apito da benzina
guiando os instintos
ruínas interiores
destroços exteriores
pelos restos da desolação
de uma sociedade devastada
somos frutos arruinados
nascidos destruídos
totalmente imbuídos
por esses caminhos bloqueados
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